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quinta-feira, 30 de abril de 2009

"CALAZANÇA”, Seu criado


por Cloadoaldo de Alencar Filho

“Pofesô aquela peste é EMSETUR ou é um Inseto?”

– Foi a última vez que Mestre Calazans falou comigo.



Estava brigado com Carlos Magalhães, Presidente da Empresa Sergipana de Turismo. Foi o grande líder da Rua São João. Era: Mestre Calazans, Padre Calazans ou, como ele mesmo se dizia: “Calazança, Seu Criado”...



Estava sempre reclamando, brigando, defendendo a sua querida Rua São João.Eu era Presidente da Comissão dos Festejos Juninos em 1963, gestão do Prefeito Godofredo Diniz. Calazans me aparece na porta do Gabinete, dois dias antes do São João:“Pofesô, acabo de ter uma reunião com meu pessoá” – senta ofegante, passa o lenço branco na testa suada e acrescenta com o olhar fixo no meu: – Se o sinhô vê que a quadrilha da rua de São João, não vai ganhá o Concurso, o Sinhô faz o favor de avisar agora que nós dissolve logo o Juri!!!”



Em 1969, na administração Aloísio de Campos, eu era Diretor do Departamento Municipal de Turismo. Calazans entope pela Galeria “Álvaro Santos”, sobe as escadas aos berros: “Pofesô, num adianta o sinhô se coçá. Já contratei as carroças toda do Aracaju pro casamento da viúva!!!”



Todos os concorrentes fizeram o casamento a pé. O “Casamento da Viúva” é o ponto culminante do S. Pedro e o epílogo dos festejos juninos. Morreu Calazans, mas o espetáculo continua: Carroças, cavaleiros, roleteiras, quadrilhas, sanfonas, fogos, morenas, mulatas, negras, loiras, zabumbas, gritos, correrias, sorrisos, beijos, abraços, noivas, noivos, viúvas... e Calazans, Seu Criado, sentado na cadeira de balanço, vestido de Padre, com um chapelão preto na cabeça, lenço branco na mão e um sorriso nos lábios...



De repente se levanta, sobe no palanque construído em frente à sua casa, pega do microfone e diz: “Minha gente, pelo amor de Deus com esses fogo. Olhe as crianças. São os futuro da brincadeira. Que coisa mais sem graça. Uns home veio jogando mija-gato nos menino...”



Ao ver a polícia se mexendo para tomar as providências exclama em tom contestatório:
“Num precisa a Polícia se metê. A rua é do povo e a Polícia daqui é nós mesmo...”


quarta-feira, 29 de abril de 2009

De Sergipe para o mundo

Sou conhecido como Professor Alencar, Membro da ASL - ACADEMIA SERGIPANA DE LETRAS e que ao longo da carreira dentre muitas coisas que fui e fiz podemos citar:

Prof. Titular do Departamento de Letras – Língua Portuguesa e Literatura Brasileira e Prof. Titular do Departamento de Letras - Língua Inglesa e Literatura Norte-americana e Literatura Inglesa, Assessor de Comunicação Social, Diretor do Centro de Cultura e Arte, Pró-Reitor de Extensão e Assuntos Comunitários (duas vezes), Vice-Reitor, Reitor e Vice-Presidente do Conselho Diretor da Fundação Mantenedora da Universidade. Ambas as atividades acima relacionadas à Universidade Federal de Sergipe (UFS).

Ao estado de Sergipe também dei minha contribuição ocupando posições de Secretário de Estado da Educação e do Desporto e Lazer, Membro do Conselho Estadual de Educação e Membro do Conselho Estadual de Cultura.


Viajei ao mundo e também deixei minha marca, fui Membro da OUI-Organização Universitária Interamericana, Conferencista da AIU – Associação Internacional de Universidades e Conselheiro da CUI – Consultoria Universitária Internacional.


Na área Federal atuei como Delegado do MEC – Ministério da Educação em Sergipe e na Iniciativa Privada fui Membro da comissão que elaborou o projeto que transformou as Faculdades Integradas Tiradentes em UNIT – UNIVERSIDADE TIRADENTES.

Também fui Assessor dos entendimentos que resultaram na criação da FASE - FACULDADE DE SERGIPE, em convênio com a UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ, do Rio de Janeiro.


Há pouco tempo, desempenhava as funções de Assessor Sênior e Assistente Administrativo do Convênio entre a ASAS - ASSOCIAÇÃO DE APOIO AO ENSINO E PESQUISA DE SERGIPE E UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ.

E hoje graças a meu neto Gabriel expresso minhas idéias para o mundo através do meu blog.